Camilo Castelo Branco
“O amor é a primeira condição da felicidade do homem.”
“O amor só vive pelo sofrimento e cessa com a felicidade; porque o amor feliz é a perfeição dos mais belos sonhos, e tudo que é perfeito, ou aperfeiçoado, toca o seu fim.”
As novelas passionais de Camilo Castelo Branco fizeram dele o representante típico do Ultrarromantismo em Portugal. Sua vida atribulada lhe deu inspiração para os temas de suas novelas. Sua produção literária é extensa, com mais de uma centena de obras. Produziu poesia, teatro, historiografia, contos, romances e novelas históricas, de aventuras e passionais. Com as novelas passionais tornou-se uma destacada figura literária, chegando ao auge de sua carreira de escritor.
Camilo Castelo Branco foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente do que escrevia. Em 1885 recebeu o título de Visconde concedido pelo rei de Portugal, D. Luís I. Em 1889, quando se tornou uma celebridade nacional como escritor, recebeu uma homenagem da Academia de Lisboa.
Amor de Perdição (Novela Passional)
Em 1863, Camilo publica “Amor de Perdição”, onde se encontram todos os ingredientes da novela passional, caracterizada pelo desequilíbrio sentimental de seus personagens. Vendo-se diante de um amor proibido, os personagens buscam a solução para o seu sofrimento. Em “Amor de Perdição”, o autor revela o escândalo de sua situação de adultério pelo amor de Ana Plácido.
Em Amor de Perdição, sua obra-prima, os sentimentos se submetem aos preconceitos e se põem em luta com as convenções sociais. Os heróis em conflito enfrentam a fatalidade do destino, conduzindo sua existência ao drama e à Tragédia.